A prática da meditação
Autora: Patricia F. Ventura
Na prática da meditação, utilizamos o corpo humano como uma analogia a fim de descrever o desenvolvimento do ego. Nessa analogia, a dualidade fundamental, as sensações, os impulsos e os conceitos são como os ossos do corpo humano.
As emoções representam os músculos, as pequenas atividades mentais e o constante tagarelar subconsciente representam o sistema circulatório que alimenta e ampara os músculos.
Assim, para que um corpo humano funcione na sua integridade física é importante existir sistemas muscular, circulatório e uma estrutura óssea de suporte. Ao iniciarmos a prática meditativa lidamos com os pensamentos, a parte externa do ego. A prática meditativa é um processo cirúrgico e desagregador e as credenciais são uma doença, e com a existência da doença provamos nossa infeliz existência, atraímos atenção.
Por isso necessitamos de cirurgia meditativa, de extirpar a doença das credenciais... mas se introduzirmos anestesia, não saberás quanto precisas entregar-te à prática.
A pratica meditativa assemelha-se a um parto natural, dar à luz observando todo um processo desagregador.
Sentar e meditar é uma pequena incisão bisturica em nossa personalidade. É um gesto muito humilde da nossa parte, apenas sentar e trespassar pensamentos um após o outro... sentar e desenvolver uma observação plena da nossa respiração.
Boa Prática.
Patricia F. Ventura | form-idea.com Portugal